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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O MILAGRE DA BOA AÇÃO E UNIÃO - TOBI

Há 3 meses atrás rolou um email pedindo ajuda para o resgate de um poodle gigante que estava morando em um colégio na zona Sul de São Paulo. Não se sabe se foi abandonado (possivelmente) mas encontrou neste colégio sua morada. Algumas professoras e pessoas do colégio se uniram e pagaram a castração, vacinação e a tosa deste peludo, mas pelo o que se sabe ele era alimentado com a sobra da merenda escolar e alguma ração esporadicamente.

A Regina Castro pediu ajuda pela internet e chegou à protetora Andrea Borges que entrou em contato comigo e perguntou se eu poderia indicar lar temporário para ele, o que de fato consegui através de indicação de outra amiga. Assim Tobi foi levado pela Regina para a casa de uma pessoa muito legal e eu acabei cuidando de tudo o que diz respeito ao Tobi.

Este mês de agosto nosso menino terminou a terceira dose de vacina, tem muitas amiguinhas para brincar que aguardam adoção como ele, e o melhor de tudo, de pele e osso, testemunhei a transformação de um cãozinho apático a um adorável filhotão que ainda tem um olhar tristonho, se encosta em você aguardando quietinho sua mão para então brincar e ficar ao seu lado!

Tobi 1 mês depois de chegar à casa da Laura.

Agora estou à procura de um lar que goste do Tobi e dê a ele tudo o que ele precisa: amor, carinho, passeio, brinquedos, o incentive com adestramento (ele é muito inteligente!), ração de boa qualidade e o acompanhe para o resto da vida!! Ele merece!



Tobi 3 meses depois. Ganhou massa muscular e manteve sua carinha de quero colo!
Grande beijo à Andrea Borges, Laura, Margarete, Helena, Beti e outras amigas que o ajudaram de uma forma ou outra!

APROVEITANDO PARA FAZER O BALANÇO DO FINAL DE ANO E ANUNCIANDO QUE O TOBI FOI BEM ADOTADO... PELA LAURA!!




PORQUÊ NÃO ADOTAR GATOS ADULTOS?

Eu gosto muito de assistir ao Animal Planet e em especial qualquer um que trate de Proteção aos Animais, como o Animais em Risco, que mostram como são feitas as averiguações de maus-tratos, negligência, resgate de alguns Estados americanos, todos amparados por leis, muitas delas levando à prisão de até 1 ano, dependendo do Estado.

Mais o que mais me comove é ver que o povo americano tem a cultura de adotar cães e gatos adultos. Lógico que filhotes são os primeiros a saírem em qualquer parte do mundo, mas os adultos não sofrem tantas discriminações na hora da adoção!

O engano muito comum é achar que o gato "adulto" não tem mais graça. Que não brinca. O gato até os 5 anos é muito brincalhão sim, lógico respeitando a personalidade de cada um, aprecia colo, é mais carinhoso, mais manhoso e mais ligado ao seu dono.

Eu posso atestar isso porque a Méo devia ter uns 7 a 8 meses quando chegou em casa. Tão criança quantos os seus filhotes. Visito a casa da minha amiga Helena com gatos de todos os tamanhos e idades, e todos, com pouquíssimas exceções, adoram ganhar carinho, se esfregar em mim e pedir atenção. De vez em quando até bato um papo com um ou outro...

A verdade é que só se descobre a personalidade dos felinos depois de atingirem um certo amadurecimento. Muitas pessoas adotam bem pequenininhos mais por acharem que vão se acostumar ou se moldar à rotina da casa, e quando crescem não são o que os donos esperavam e são abandonados, assim como muitos cães.

Sempre que alguém me pede um gatinho para doação já pergunto como é a rotina da casa. Crianças pequenas gostam de apertar, são desastradas por natureza e dar de presente um gatinho de 3 meses vai dar briga. Uma porquê o gatinho é igual à criança: não quer colo, quer brincar. E para descer do colo vai virar mola e arranhar a criança. Aí o pai vai ficar p da vida e vai bater no gato. Quando falo isso a pessoa já fala que não é assim, imagina, e dois meses depois o gato está de volta.

Quem trabalha e passa mais tempo fora de casa pode ter sim um gato adulto. Muitos gatos resgatados já cresceram na maioria solitários ou por abandono viveram sozinhos. Aguardam pacientemente seus donos chegarem e só vão te pedir atenção e amor.






Bem, vou abrir uma postagem só de gatos e gatas maravilhosas, aguardando a chance de mostrar todo o seu potencial como maravihosos amigos que podem ser!

O QUE ACONTECEU EM 6 MESES DE AUSÊNCIA... PARTE I

Sempre que eu penso em mandar ver no meu blog alguma coisa acontece e lá este pobre diário fica às moscas...

Mas realmente muita coisa aconteceu em 6 meses!! Minha família felina aumentou; ficamos com a gatinha Lola, que seria um lar temporário (LT) e quem adotou a gatinha foi a Maria Betania! Até aí tudo bem, estávamos com 5 (Chorão, Bambina, Gandalf, Maria Betania/Bébé e Cocuca), eu continuava a divulgar os gatinhos da Helena e de outras pessoas para doação, me envolvi com o resgate e doação da cachorrinhas do buraco da árvore, tudo normal, até...

Dia 20 de dezembro do ano passado fui ao cemitério da Vila Prudente com a Helena alimentar os gatos e cachorros que habitam o local. Tudo tranquilo, havia chovido e lá estávamos colocando ração nos bueiros, trocando água, e já na saída um senhor pára a Helena informando que tinha uma mãezinha e seus filhotes no buraco do prédio do crematório.

Hum, para mim, que ia a primeira vez que veria in foco o que a minha amiga fazia, iria ter a chance de ver um resgate! Gente, foi apavorante... Uma porquê era uma linda família de mãe com dois filhotes e meio (um era tão pequenino que era a metade dos outros dois!), a Helena estava lotada de gatinhos de todos os tamanhos frutos da favela, cria no cemitério e devolução de adoção, um cachorro louco pra caçar a família e eu no conflito de ajudar!

Conseguimos uma escada na Administração, o senhor conseguiu uma escada e a a familia pôde sair de lá! Os gatinhos deviam ter no máximo 4 dias de vida, e com certeza essa gata não comia todos esses dias!! Resgate feito, e agora??

A Helena já virou para mim e avisou: Erika, você precisa ficar com essa família!!! Eu??? Como assim? Pensei. O Edu iria me matar. Liguei pra ele e expliquei a situação, ele falou que a Helena poderia ficar com eles, expliquei de novo, ele foi irredutível. Pensei comigo, agora lascou, levo pra casa e seja o que Deus quiser!


Eu e minha irmã já tínhamos, quando adolescentes, encontrado 4 gatinhos de 1 mês em um terreno baldio, em 1986. Estavam cheirando a rato e ao lado deles, na caixinha, um pratinho de leite. Doamos 2 na feirinha na frente de casa conforme exigência de nosso pai e adotamos dois, o Bolinha e a Corujinha (acho que era esse o nome). Depois destes nunca mais eu havia me visto na situação de resgate de gatos...

Bem, dei banho na gata (estava pura lama) e aguardei o Edu chegar em casa, me preparando para o drama que iria ser... e não foi. Acho que a visão destas vidinhas tão pequenas e desamparadas fez o meu marido (gateiro mas que adora cachorro) acolher a familia também. Lógico, com a promessa que todos seriam doados...


Aí veio a parte difícil... como doar essa turminha que você acompanha todo santo dia, de resgatinhos, fragéis, para as coisinhas mais fofas do mundo?






Bem, resumindo, não doei... Consegui adotante para os dois irmãos juntos, mas meu coração já era do Polegar (Popó), o menor da turma a quem eu me dedicava mais. O Edu já estava apaixonado pela Cherry, a tigradinha meio rabo e o Johnny (Indiana Jones) sabíamos que seria facil de doar porque é lindo... E chorei em pensar em dá-los para outra pessoa, e o Edu, olhando bem pra minha cara de choro e os olhos ficando marejados também decretou que ficariam todos, mas que eu nunca mais inventasse de trazer nenhum outro gatinho para casa!!! Portanto, na data de hoje, 8 meses depois, cá estão todos, inclusive a mãe Méo, fazendo parte da família, crescendo de 5 gatinhos para 10!!