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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

RETORNANDO AO MEU UNIVERSO!

Depois de um tenebroso inverso, estou voltando.. aos poucos, mas voltando. Como um gato que some e depois de algum tempo descobre que algumas coisas mudaram.

Neste tempo de ausência me vi com algumas situações que me jogaram para outro Universo. O da causa animal. Vasculhando um pouco mais o baú das memórias, já Sampa, meu primeiro resgate foi junto com a minha irmã, Karla, quando íamos à casa de um amigo. Era preciso passar por um beco, uma passagem de terra, e neste dia em cima de entulhos vimos uma caixinha de papelão (típico) e 4 gatinhos de olhinhos remelentos e um pires de leite. Putz, lembrei disso... E lembro como se fosse agora, todos fedendo a rato.

Demos meia-volta e entramos em casa chamando pelo papai. Demos banho, maravilhadas,  e nos viramos para alimentá-los, nem sei o que demos, eu tinha 16 e a Karla 15. Só sei que era a coisa mais linda vê-los brincando e subindo a cortina. O corajoso era o Bolinha. A Pretinha era tranquila, tínhamos ainda o amarelinho e mais uma outra comum, branca com manchas cinzas. Quando estavam com uns 2 meses, doados dois e ficaram Bolinha e Branquinha. Naquela época não tínhamos noção de castração, essas coisas. Posse responsável. Sei que a Pretinha não ficou prenha conosco, mas sumiu. E o Bolinha de gato lindo que era, nessas de andar pelas ruas sumiu 3 meses, por aí. Voltou um belo dia sujo, machucado e agressivo. Não era mais nosso Bolinha. Não deixava mais que o tocássemos. Viramos desconhecidos. E os gatos vinham brigar com ele. Um dia voltei para casa e ela havia sumido de vez. Depois de muito tempo acho que meu pai comentou que o havia deixado no Mercado Municipal do Ipiranga, pois pelo menos lá ele iria se virar...

Bateu a tristeza agora. Queria voltar ao tempo, ter castrado os 2 e quem sabe ter visto o Bolinha envelhecer conosco e a Pretinha também. Mais isso faz quase 25 anos... E hoje, com tantas informações, castrações gratuitas, pedidos de cuidados ao não deixar seus animais vagarem na vizinhança, essa história se repete em tantos lares, tantas casas. Eu fui ignorante em uma época que não havia tantas informações. Qual a desculpa que temos hoje com tantos veículos de comunicação. Nenhuma. A não ser optar em viver na ignorância. Por, simplesmente, opção.

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