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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UMA CACHORRINHA CHAMADA DOCINHO

Este ano fui o primeiro resgate de 2010: uma dachshound aqui em São Caetano. Minha irmã passando na Av. Presidente Kennedy viu um cachorrinho minúsculo encolhido no muro. Viu que outra pessoa tentara regatá-la sem sucesso, e ela fez o mesmo. De novo, deu em nada, pois ela tentava morder quem chegasse perto.

Era quase 23h e lá fui eu tentar. Levei um edredon, crente que iria conseguir de primeira! Ledo engano! Esse menino (até então era um menino) tentou me morder mesmo com o edredon. Se revirada toda tentando me abocanhar. Desisti incrivelmente frustada. 

Para piorar começar a chover. E lá estávamos nós, eu, minha irmã e seu namorado (o mais medroso dos três) olhando aquela criatura do outro lado da rua, nos olhando. Esticando o pescoço, para não nos perder de vista...

Tentamos os Bombeiros e nada. Passou uma viatura de polícia que fingia que nada via. Voltei para casa.


Puta da vida disparei email falando da minha incapacidade em resgatar aquela cachorrinha.  Não acreditava que eu havia deixado a coitada lá. Não demorou muito uma amiga do meu prédio me liga falando que nós iríamos resgatá-la junto com o filho dela. Milagres existem!

Lá fomos nós. E a menina no mesmo lugar... E foi muito rápido, o menino pegou o edredon, distraímos a menina e pronto!, já estava dentro do carro. Para minha surpresa, lá vem a menina colocar a cabeça no meu colo. Um Docinho...

Como não sabíamos o que havia acontecido, a levamos para o Hospital Dr. Hato em Santo André. Joana me ajudou a pagar a consulta e os primeiros procedimentos. Depois ficou por minha conta. Graças a Deus não havia nada grave com ela, estava linda e feliz por estar familiarizada com aquele ambiente!

Voltei e postei tudo o que tinha acontecido, e pedi ajuda para pagar o hotelzinho e o restante dos custos (remédios, ração, hotelzinho etc) e avisei que em 10 dias não aparecesse o dono (lógico que fiz cartazes e espalhei na região e falei com pets) iria para doação.

Bem, para doação foi um sucesso. Agora para ajudar nem um centavo... mas tudo bem. Não me importei em gastar os quase 400,00 com ela, pois definitivamente estava apaixonada por ela! Escolhi uma família que muito fez para provar que a queria. Gente simples, mas de grande coração. Nos falamos de vez em quando para saber como ela está. Muito amada, como eu imaginei.

A partir deste momento comecei a me interessar em casos de resgates, abandonos e crueldades contra essas criaturas. Fico feliz em sentar aqui e ter Joana naquele momento para me ajudar. Um novo mundo não tão belo se fez aos meus olhos, mas me sinto abençoada de ter feito a diferença para aquela cachorrinha, naquele dia.

Aliás, hoje seu nome é Pitty.

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